Decantador Lamelar no Tratamento da Água e Efluentes

Decantador Lamelar no Tratamento da Água e Efluentes

A questão da escassez da água e dos consequentes impactos ambientais descentralizou a responsabilidade da administração pública em relação ao tratamento de água e efluentes.

As indústrias, cada vez mais conscientes de suas funções sociais junto às comunidades nas quais estão inseridas, assumem o compromisso de contribuir ativamente com as políticas públicas voltadas para a melhoria da oferta de água, prezando pelo uso eficiente e sustentável desse recurso e minimizando os impactos ambientais.

As políticas e os valores empresariais devem ser compatíveis com o desenvolvimento sustentável da sociedade, respeitando e preservando os recursos ambientais.

A empresa socialmente responsável, que respeita os direitos e os interesses dos indivíduos que de uma forma ou de outra são por ela afetados, acaba se destacando no mercado e obtendo uma grande vantagem competitiva.

Diante dessa realidade, as indústrias estão cada vez mais atentas ao descarte de seus resíduos, investindo alto em tecnologias eficazes para o tratamento de água e efluentes e cumprindo com as normas ambientais em vigor.

O tratamento da água e de efluentes tem por objetivo eliminar os resíduos humanos e industriais.

Dentre esses resíduos estão os sólidos em suspensão, que podem entupir rios ou canais; as bactérias e outros organismos patogênicos, que podem causar sérias doenças se a água for consumida pelo homem; produtos orgânicos biodegradáveis, que alimentam microrganismos e levam à eutrofização da água, prejudicando os seres biológicos presentes na água; e nutrientes como o nitrato e fosfato, que também podem levar à eutrofização da água gerando gases tóxicos e morte de peixes.

As diversas tecnologias para o tratamento de água e efluentes podem ser combinadas para atingir uma boa qualidade da água.

Dentre elas podemos destacar os processos físicos mais comuns como a decantação e filtração ou separação centrífuga.

Decantação Lamelar

A decantação é o ato de separar, por meio da gravidade, os sólidos sedimentáveis que estão na água. Para as estações de tratamento destaca-se o DECANTADOR LAMELAR, que utiliza forças gravitacionais para separar as partículas de densidade superior a da água. Trata-se de um processo que reduz significativamente a superfície de separação da água / Iodo.

Decantador Lamelar na obra de ampliação da Estação de tratamento de água cidade de Iracemápolis
Decantador Lamelar na obra de ampliação da Estação de tratamento de água cidade de Iracemápolis

Os processos de tratamento de efluentes utilizam o decantador lamelar como unidade de tratamento secundário. Precedem a etapa da decantação lamelar os processos biológicos, físicos, físico-químicos ou mesmo uma combinação desses. Após esses processos, os sólidos/Iodo gerados são retirados na etapa de decantação.

O decantador lamelar pode ser empregado em todos os processos em que há geração de Iodo que necessita ser removido, e, suas dimensões são especificadas em função das taxas de escoamento superficial, conforme o tipo e as características do efluente. As dimensões e as vazões variam dependendo de qual será a sua funcionalidade.

A possibilidade de aplicação de maiores taxas de escoamento superficial é uma vantagem do decantador lamelar, tendo como consequência a redução dos seus tamanhos e a possibilidade de designs mais compactos.

Mais o mais relevante e se destacar, é a alta eficiência do decantador lamelar na separação dos sólidos/líquidos e na remoção do óleo. Podem ser adequados para operar com partículas de diferentes densidades, desde lama de fosfato, considerada leve até sedimentação de resíduos de mineração, considerados de maior densidade.

Valendo-se dessas tecnologias de eficácia comprovada para o tratamento de água as indústrias assumem posição relevante na sociedade, contribuindo com o meio ambiente e com a saúde da população local.

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Tratamento das Águas Subterrâneas

Tratamento das Águas Subterrâneas

O Centro de Pesquisas de Águas Subterrâneas (Cepas) do Instituto de Geociências (IGc) elaborou recentemente um estudo de águas subterrâneas que apresenta o título

“A revolução silenciosa das águas subterrâneas no Brasil: uma análise da importância do recurso e os riscos pela falta de saneamento”.

O estudo aborda de maneira didática e aprofundada o uso e a contaminação dos aquíferos brasileiros, relacionando a contaminação dessas reservas com a insuficiência e as más condições do sistema de saneamento básico.

Além disso, traz dados relevantes e inéditos sobre a importância das águas subterrâneas para a sociedade brasileira e recomendações para a sua proteção.

Mas afinal, o que são as águas subterrâneas?

Segundo o estudo

“As águas subterrâneas são aquelas que se encontram sob a superfície terrestre, preenchendo completamente os poros das rochas e dos sedimentos, constituindo assim os chamados aquíferos. Elas são críticas para a segurança hídrica global, já que nesses aquíferos encontram-se 97% das águas doces e líquidas do planeta, o que os torna o maior reservatório de água potável da humanidade.”

No Brasil a extração das águas subterrâneas ocorre por meio de poços tubulares (conhecidos como artesianos ou semi artesianos), poços escavados e pelo aproveitamento direto das nascentes. Trata-se do recurso natural mais extraído do subsolo brasileiro:

“As águas subterrâneas são essenciais para a vida, não apenas por abastecerem as cidades e o campo e servirem de insumo para diversas atividades econômicas, mas também por sustentarem vários sistemas aquáticos como rios, lagos, mangues e pântanos. Sem as águas subterrâneas, as florestas em regiões de clima seco ou tropical não se manteriam em pé, tampouco os ambientes aquáticos existiriam ou cumpririam as suas funções ambientais.”

Destaca-se, nesse sentido, a distribuição do uso das águas subterrâneas nas diversas atividades econômicas do país: 30% direcionada ao atendimento doméstico, 24% a agropecuária, 18% ao abastecimento público urbano.

Inúmeras atividades econômicas utilizam as águas subterrâneas para suprir suas necessidades pelo Brasil, sendo o seu uso distribuído entre atendimento doméstico (30%), agropecuário (24%), abastecimento público urbano (18%) e abastecimento múltiplo (14%), no qual o destino da água é em grande parte diversificado para a prestação de serviços urbanos.

Inúmeras atividades econômicas utilizam as águas subterrâneas para suprir suas necessidades pelo Brasil

Dentre os estados brasileiros mais dependentes deste recurso destacam-se São Paulo, Piauí, Ceará, Rio Grande do Sul, Bahia e Paraná. Para o uso rural, o principal estado usuário é Minas Gerais, seguido de São Paulo, Bahia, Tocantins e Rio Grande do Sul.

No que tange à qualidade das águas subterrâneas, apesar de naturalmente mais protegidas do que as águas superficiais estão suscetíveis à contaminação pela falta de redes de esgotamento sanitário e pelas precárias condições das redes existentes.

Além disso, em razão do tempo razoável de contato com os minerais que compõem o subsolo, as águas subterrâneas possuem uma carga mineral superior às águas superficiais.

Os minerais mais comuns são ferro, amônia, manganês e dureza, e em algumas zonas de agricultura verifica-se a presença de nitratos e pesticidas.

Dentre as recomendações apresentadas pelo estudo em comento para a proteção deste importante recurso hídrico está o conhecimento e a necessidade de uma boa gestão hídrica. Gestão hídrica inclui, certamente, a implementação dos tratamentos adequados da água.

Tratamento da Água

Como destacado, o uso das águas subterrâneas está distribuído de forma relevante nas diversas atividades econômicas do país. Grandes consumidores como indústrias, centros comerciais e condomínio estão valendo-se do uso de águas subterrâneas.

E as águas subterrâneas quase sempre necessitam de tratamentos específicos, que devem ser dimensionados de acordo com as características específicas dessas águas e com a qualidade que se deseja obter após os tratamentos.

As tecnologias aplicáveis vão desde oxidação, filtração e ultrafiltração até o processo de osmose reversa. Em sínteses, a oxidação e filtração são processos utilizados para a remoção de ferro e manganês e redução da dureza.

A ultrafiltração remove teores mais elevados de sais minerais, como o ferro, e a osmose reversa se apresenta como um eficiente processo para a redução de sais.

Os sistemas de tratamento podem combinar o uso dessas tecnologias para atingir o fim desejado.

A FUSATI é uma empresa especializada em soluções de gestão hídrica e oferece aos seus consumidores tecnologias de ponta para o tratamento de águas subterrâneas e corpo técnico especializado.

Com mais de 35 anos de tradição no mercado, a FUSATI oferece projetos customizados e com o melhor custo-benefício para a sua empresa.

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Fonte: Jornal USP e Tratabrasil.org

Qualidade das águas

Qualidade das águas

A condição de qualidade das águas é a “qualidade apresentada por um corpo d’água, num determinado momento, em termos dos usos possíveis com segurança adequada, frente às Classes de Qualidade”, sendo que cada classe de qualidade representa um “conjunto de condições e padrões de qualidade de água necessários ao atendimento dos usos preponderantes, atuais ou futuros”, de acordo com a Resolução CONAMA n. 357, de 17 de março de 2005 (CONAMA, 2005, p. 2) [1].

A classificação da qualidade das águas pode variar, conforme os usos aos quais elas se destinam.

A presença de certas substâncias nas águas não significa que estas estejam poluídas, sendo algumas delas necessárias para a manutenção da vida de determinados organismos. Os peixes, por exemplo, consomem, além de certa quantidade de oxigênio dissolvido, algumas substâncias minerais.
Na realidade, a água considerada absolutamente ‘pura’, composta apenas de moléculas de hidrogênio e oxigênio, somente pode ser obtida em laboratório.
Já quando há, nas águas, substâncias estranhas a sua composição, prejudicando seu uso, elas apresentam certo grau de poluição.

Ações inadequadas da humanidade no meio ambiente têm prejudicado o seu equilíbrio dinâmico. Um exemplo disto é a degradação das águas de rios, causada pelo lançamento de esgotos sanitários sem o devido tratamento, assim como pelo despejo de resíduos sólidos e efluentes industriais em galerias de águas pluviais, córregos e valetas a céu aberto, o que tem promovido um aumento de matéria orgânica nas águas, cuja decomposição se faz com o consumo de uma elevada quantidade de oxigênio dissolvido, prejudicando, assim, a sobrevivência de organismos que dele necessitam.
Além disso, nos esgotos despejados podem encontrar-se bactérias patogênicas (transmissoras de doenças), produtos químicos nocivos (por exemplo: agrotóxicos, produtos não biodegradáveis, metais pesados, dentre outros).

E, ainda, esgotos e efluentes domésticos e industriais podem alterar a temperatura das águas, afetando o consumo de oxigênio por organismos aquáticos, e o potencial hidrogeniônico (pH) das águas.
Há, também, outros problemas decorrentes de ações impróprias da humanidade no meio ambiente, tais como: ocupação inadequada do solo, por exemplo, sem a devida distância das margens de rios que sofrem inundações em períodos de cheias; impermeabilização excessiva do solo, prejudicando sua drenagem e contribuindo para a ocorrência de inundações e alagamentos; desmatamento de margens de rios, destruição de mata ciliar, provocando assoreamento; dentre outros.

“Os rios urbanos, que já vinham passando por grandes transformações – em especial a partir da intensa urbanização ocorrida após a década de 1950 -, têm sua condição de deterioração agravada pela precariedade do saneamento básico, pela crescente poluição ambiental, pelas alterações (pontuais ou no âmbito da bacia hidrográfica) da condição hidrológica e morfológica, bem como pela ocupação irregular de suas margens”. (GORSKI, 2010, p. 23) [2].

Salienta-se, pois, a importância de transformações de condutas em relação aos rios e uma maior atenção e cuidado com eles, sendo o monitoramento da qualidade das águas uma das ações necessárias para a identificação, análise e prevenção de problemas, recuperação e melhoria de sua condição ambiental.

Como avaliar a qualidade das águas
“Um dos instrumentos mais importantes para a realização de uma adequada gestão ambiental é o monitoramento. Através dele é possível avaliar as tendências de recuperação ou comprometimento da disponibilidade e qualidade das águas, da qualidade do ar, da recuperação e supressão das florestas, além do cumprimento da legislação e dos limites licenciados para atividades potencialmente poluidoras.” (IAP, 2009, p. 6). [3]

O monitoramento consiste na “medição ou verificação de parâmetros de qualidade e quantidade de água, que pode ser contínua ou periódica, utilizada para acompanhamento da condição e controle da qualidade do corpo de água”. (CONAMA, 2005, p. 3). [4]

De acordo com o método de Avaliação Integrada da Qualidade da Água (AIQA), inter-relacionam-se “três dimensões de qualidade: a físico-química, a bacteriológica e a ecotoxicológica” (IAP, 2009, p. 21) pelo método Multiobjetivo de Programação de Compromisso, “que se baseia em uma condição ideal da qualidade da água (Classe 1 do CONAMA – 357/2005)”. (IAP, 2009, p. 21). [5]
A qualidade da água pode ser avaliada com base em um conjunto de variáveis como, por exemplo (CONAMA, 2005) [6]:

• clorofila;
• coliformes termotolerantes;
• cor verdadeira;
• corantes provenientes de fontes antrópicas (provenientes de ocupação, exploração de recursos naturais e atividades humanas);
• Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO);
• densidade de cianobactérias;
• efeito tóxico a organismos;
• fenóis;
• gosto;
• materiais flutuantes, incluindo-se espumas não naturais;
• odor;
• óleos e graxas;
• Oxigênio Dissolvido (OD);
• potencial hidrogeniônico (pH);
• resíduos sólidos objetáveis;
• substâncias sedimentáveis;
• turbidez;
• etc.

Conforme a Agência Nacional de Águas (ANA) do Brasil, o Índice de Qualidade das Águas (IQA) “foi criado em 1970, nos Estados Unidos, pela National Sanitation Foundation. A partir de 1975 começou a ser utilizado pela CETESB (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo). Nas décadas seguintes, outros Estados brasileiros adotaram o IQA, que hoje é o principal índice de qualidade da água utilizado no país.” (ANA, 2012) [7].
“O IQA foi desenvolvido para avaliar a qualidade da água bruta visando seu uso para o abastecimento público, após tratamento. Os parâmetros utilizados no cálculo do IQA são em sua maioria indicadores de contaminação causada pelo lançamento de esgotos domésticos.” (ANA, 2012) [7].
“A avaliação da qualidade da água obtida pelo IQA apresenta limitações, já que este índice não analisa vários parâmetros importantes para o abastecimento público, tais como substâncias tóxicas (ex: metais pesados, pesticidas, compostos orgânicos), protozoários patogênicos e substâncias que interferem nas propriedades organolépticas da água.” (ANA, 2012) [7].
O IQA compõe-se de 9 parâmetros, que possuem pesos diferenciados, “em função da sua importância para a conformação global da qualidade da água”
(ANA, 2012) [7].

1. Oxigênio dissolvido (peso = 0,17)
2. Coliformes termotolerantes (peso = 0,15)
3. Potencial hidrogênionico (pH) (peso = 0,12)
4. Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) (peso = 0,10)
5. Temperatura da água (peso = 0,10)
6. Nitrogênio total (peso = 0,10)
7. Fósforo total (peso = 0,10)
8. Turbidez (peso = 0,08)
9. Resíduo total (peso = 0,08)

Cabe ressaltar, também, a importância da avaliação da qualidade microbiológica da água, com relação à presença de parasitas e vírus, além de bactérias, que prejudicam a saúde humana.

O IQA tem sido particularmente afetado pela contaminação por lançamento de esgotos. Segundo a ANA (2011) [8], dentre os parâmetros que compõem o Índice de Qualidade da Água (IQA), os “Coliformes termotolerantes, que correspondem a um percentual de desconformidade de 51%, “reflexo dos baixos níveis de tratamento de esgotos no país”; e o Fósforo total corresponde a um percentual de desconformidade de 42%, com “origem principalmente nos esgotos domésticos e nas cargas difusas”.

Salienta-se, assim, a necessidade de uma maior adequação na destinação e tratamento de efluentes no Brasil.

A população também pode participar no monitoramento da qualidade das águas, ajudando a identificar, por exemplo:

Índices de Classificação da Qualidade das Águas

Os índices de classificação da qualidade das águas varia, conforme a instituição a quem compete a determinação de parâmetros e o processo de avaliação.
De acordo com o IAP (2009, p. 99) [12], com base na aplicação do Método de Avaliação Integrada da Qualidade da Água (AIQA), os índices de qualidade da água podem ser classificados em 7 grupos, “comparáveis à classificação determinada pela Resolução CONAMA N. 357, de 17 de março de 2005:

1. Muito boa / Classe 1 / Cor indicatória: azul claro (AIQA = 0,00 a 0,20)
2. Boa / Classe 2 / Cor indicatória: verde claro (AIQA > 0,20 a 0,40)
3. Pouco poluída / Classe 3 / Cor indicatória: amarelo (AIQA > 0,40 a 0,60)
4. Medianamente poluída / Classe 3 / Cor indicatória: laranja claro(AIQA > 0,60 a 0,80)
5. Poluída / Classe 4 / Cor indicatória: laranja escuro (AIQA > 0,80 a 1,00)
6. Muito poluída / Fora de Classe / Cor indicatória: vermelho (AIQA > 1,00 a 1,20)
7. Extremamente poluída / Fora de Classe / Cor indicatória: roxo (AIQA > 1,20)

Fonte: www.cuidedosrios.eco.br

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