Decantador Lamelar no Tratamento da Água e Efluentes

Decantador Lamelar no Tratamento da Água e Efluentes

A questão da escassez da água e dos consequentes impactos ambientais descentralizou a responsabilidade da administração pública em relação ao tratamento de água e efluentes.

As indústrias, cada vez mais conscientes de suas funções sociais junto às comunidades nas quais estão inseridas, assumem o compromisso de contribuir ativamente com as políticas públicas voltadas para a melhoria da oferta de água, prezando pelo uso eficiente e sustentável desse recurso e minimizando os impactos ambientais.

As políticas e os valores empresariais devem ser compatíveis com o desenvolvimento sustentável da sociedade, respeitando e preservando os recursos ambientais.

A empresa socialmente responsável, que respeita os direitos e os interesses dos indivíduos que de uma forma ou de outra são por ela afetados, acaba se destacando no mercado e obtendo uma grande vantagem competitiva.

Diante dessa realidade, as indústrias estão cada vez mais atentas ao descarte de seus resíduos, investindo alto em tecnologias eficazes para o tratamento de água e efluentes e cumprindo com as normas ambientais em vigor.

O tratamento da água e de efluentes tem por objetivo eliminar os resíduos humanos e industriais.

Dentre esses resíduos estão os sólidos em suspensão, que podem entupir rios ou canais; as bactérias e outros organismos patogênicos, que podem causar sérias doenças se a água for consumida pelo homem; produtos orgânicos biodegradáveis, que alimentam microrganismos e levam à eutrofização da água, prejudicando os seres biológicos presentes na água; e nutrientes como o nitrato e fosfato, que também podem levar à eutrofização da água gerando gases tóxicos e morte de peixes.

As diversas tecnologias para o tratamento de água e efluentes podem ser combinadas para atingir uma boa qualidade da água.

Dentre elas podemos destacar os processos físicos mais comuns como a decantação e filtração ou separação centrífuga.

Decantação Lamelar

A decantação é o ato de separar, por meio da gravidade, os sólidos sedimentáveis que estão na água. Para as estações de tratamento destaca-se o DECANTADOR LAMELAR, que utiliza forças gravitacionais para separar as partículas de densidade superior a da água. Trata-se de um processo que reduz significativamente a superfície de separação da água / Iodo.

Decantador Lamelar na obra de ampliação da Estação de tratamento de água cidade de Iracemápolis
Decantador Lamelar na obra de ampliação da Estação de tratamento de água cidade de Iracemápolis

Os processos de tratamento de efluentes utilizam o decantador lamelar como unidade de tratamento secundário. Precedem a etapa da decantação lamelar os processos biológicos, físicos, físico-químicos ou mesmo uma combinação desses. Após esses processos, os sólidos/Iodo gerados são retirados na etapa de decantação.

O decantador lamelar pode ser empregado em todos os processos em que há geração de Iodo que necessita ser removido, e, suas dimensões são especificadas em função das taxas de escoamento superficial, conforme o tipo e as características do efluente. As dimensões e as vazões variam dependendo de qual será a sua funcionalidade.

A possibilidade de aplicação de maiores taxas de escoamento superficial é uma vantagem do decantador lamelar, tendo como consequência a redução dos seus tamanhos e a possibilidade de designs mais compactos.

Mais o mais relevante e se destacar, é a alta eficiência do decantador lamelar na separação dos sólidos/líquidos e na remoção do óleo. Podem ser adequados para operar com partículas de diferentes densidades, desde lama de fosfato, considerada leve até sedimentação de resíduos de mineração, considerados de maior densidade.

Valendo-se dessas tecnologias de eficácia comprovada para o tratamento de água as indústrias assumem posição relevante na sociedade, contribuindo com o meio ambiente e com a saúde da população local.

A FUSATI é uma empresa que preza pela sustentabilidade de seus projetos!

Conheça as nossas soluções para o uso eficiente da água.

A importância do tratamento de água

A importância do tratamento de água

Tratamento de Água é um conjunto de procedimentos físicos e químicos que são aplicados na água para que esta fique em condições adequadas para o consumo, ou seja, para que a água se torne potável. O processo de tratamento de água a livra de qualquer tipo de contaminação, evitando a transmissão de doenças.

Numa estação de tratamento de água, o processo ocorre em etapas:

Coagulação

Quando a água na sua forma natural (bruta) entra na ETA, ela recebe, nos tanques, uma determina quantidade de sulfato de alumínio. Esta substância serve para aglomerar (juntar) partículas sólidas que se encontram na água como, por exemplo, a argila.

Floculação

Em tanques de concreto com a água em movimento, as partículas sólidas se aglutinam em flocos maiores.

Decantação

Em outros tanques, por ação da gravidade, os flocos com as impurezas e partículas ficam depositadas no fundo dos tanques, separando-se da água.

Filtração

A água passa por filtros formados por carvão, areia e pedras de diversos tamanhos. Nesta etapa, as impurezas de tamanho pequeno ficam retidas no filtro.

Desinfecção

É aplicado na água cloro ou ozônio para eliminar microorganismos causadores de doenças.

Fluoretação

É aplicado flúor na água para prevenir a formação de cárie dentária em crianças.

Correção de PH

É aplicada na água uma certa quantidade de cal hidratada ou carbonato de sódio. Esse procedimento serve para corrigir o PH da água e preservar a rede de encanamentos de distribuição.

É importante lembrar que é necessário também, o filtro de água residencial, pois água passa por um percurso até chegar a torneira da residência e muitas vezes durante o caminho ela pode entrar em contato com encanamentos antigos, que possuem ferrugem, ou que podem soltar algum tipo de fragmento. Por isso, a FUSATI com seus filtros, garante uma água pura e própria para o consumo em todos os pontos de uso, garantindo mais saúde e qualidade de vida.

Saneamento Estagnado e ‘Fragilidade Ambiental’

Saneamento Estagnado e ‘Fragilidade Ambiental’

Em 2018, o total de investimentos do Brasil na área de saneamento básico alcançou R$ 13,2 bilhões. Um avanço considerável de 16% em relação ao aporte de R$ 11,38 bilhões, registrado no ano anterior. O dado consta no 24º Diagnóstico dos Serviços de Água e Esgotos, do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), publicado em dezembro do ano passado. Embora positiva, essa evolução ainda é insuficiente face à obrigação do país, de urgentemente levar água tratada para cerca de 35 milhões de brasileiros e esgoto para outros quase 100 milhões.

Esse “boom” do saneamento básico depende da injeção de dinheiro para obras de infraestrutura, inclusive com a participação bem maior do setor privado, conforme sinaliza o novo marco regulatório do saneamento básico (Projeto de Lei N º 4.162/2019), recentemente aprovado no Congresso Nacional. E também está relacionado à minimização do estrago provocado por três fontes poluidoras de mananciais: esgotos urbanos, indústrias e o agronegócio.

Um estudo recente trouxe à tona uma radiografia preocupante. Os rios de 17 estados do Brasil apresentam “fragilidade ambiental”, conforme o diagnóstico do levantamento “Observando os Rios 2019 – O retrato da qualidade da água nas bacias da Mata Atlântica”, realizado pela Fundação SOS Mata Atlântica.

Essa pesquisa hídrica envolveu a realização de 2.066 análises de qualidade de água em 220 corpos d’água, situados em 103 municípios dos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe e São Paulo, além do Distrito Federal.

De acordo com a pesquisa, entre os 278 pontos de coleta de amostras 74,5% apresentaram qualidade regular, 17,6% qualidade ruim e 1,4% foram consideradas péssimas. Somente 6,5% foram avaliadas como de boa qualidade.

Investimento Social e Ambiental

A despeito da responsabilidade ambiental da grande parte das empresas do setor industrial e do agronegócio, estes segmentos produtivos são dois geradores de poluição nos mananciais do Brasil.

Exemplos de geração de efluentes industriais (em metros cúbicos/m3) para cada tonelada de material produzido entre empresas de diversos setores:

  • produtos farmoquímicos e farmacêuticos > 250 m3
  • extração de minerais para fabricação de adubos, fertilizantes > 2,6 m3 até 36,8 m3
  • preparação e fiação de fibras têxteis > 93 m3 a 96 m3
  • fabricação de papel, cartolina e papel-cartão > 8,2 m3 até 37,9 m3
  • abate de suínos, aves e outros pequenos animais > 3,5 m3 a 10,5 m3   

Fonte: Uso da Água no Setor Industrial Brasileiro (Confederação Nacional da Indústria/CNI)   

A partir do momento que uma pequena parcela das empresas não faz a destinação final correta ou trata seus resíduos industriais, descartando-os irregularmente em rios, lagos, represas, córregos e outros cursos d’água, o impacto imediato disso é no meio ambiente. E depois põe em risco a saúde de populações das cidades e metrópoles, que dependem desta água para o abastecimento de milhares de habitantes.

Torna-se fundamental, portanto, a ampliação do número de unidades de tratamento de efluentes industriais e esgotos no sentido de atenuar esses prejuízos ecológicos, sociais, de saúde pública e também econômicos.

A FUSATI Ambiental é uma empresa perita em soluções ambientais, que possui domínio de tecnologia, e uma equipe técnica amplamente qualificada, para o atendimento de demandas corporativas ligadas ao tratamento de resíduos.

Desenvolvedora de Estações de Tratamento de Esgoto (ETE), Estações de Tratamento de Efluentes Industriais (ETEI), Wetlands Construídos, Biofiltros e outras soluções, os produtos e serviços da FUSATI garantem eficiência, redução de custos e segurança ao processo industrial, além do cumprimento de normas técnicas e leis ambientais. 

As ETEs e ETEIs projetadas e montadas pela companhia são ultrafuncionais, pois são equipamentos modulares e compactos totalmente adaptáveis aos espaços disponíveis na unidade fabril ou negócio comercial – como hotéis, hospitais, shoppings, laboratórios e outros empreendimentos.

Um ‘Combo’ de Vantagens

Além da vantagem da possibilidade de tratamento “in loco” de esgoto e resíduos industriais, as ETEs e ETEIs com a patente da FUSATI têm baixo consumo de energia e também produzem a água de reuso, que pode ser empregada em atividades como descargas de sanitários, lavagens de áreas externas, pisos e irrigação de áreas verdes/jardins.

Outro diferencial dessas unidades é que elas podem ser combinadas ente si – ou com uma Estação de Tratamento de Água (ETA) – otimizando ainda mais a gestão desses processos.

E para empresas que preferem terceirizar o gerenciamento de efluentes e esgotos, a FUSATI Ambiental também dispõe de serviços como a locação, operação e manutenção de ETE e ETEI.

7 benefícios da ETE Compacta FUSATI

  • Projeto adaptável conforme a necessidade
  • Tratamento do esgoto no local de sua geração
  • Requer pequeno espaço para a instalação
  • Reaproveitamento da água para outras ações (reúso = economia)
  • Construção de acordo com leis regulatórias
  • Baixo custo de energia elétrica
  • Instalação e manutenção simples

Consulte-nos!

Água de Reúso Ingressa na Pauta Política

Água de Reúso Ingressa na Pauta Política

Torneiras secas, enormes perdas de água tratada, reservatórios de água em situação crítica, escassez de chuvas, mudanças climáticas globais e o grande consumo de água por populações e indústrias de todo o mundo. Por causa de tudo isso, o tema aproveitamento da água de reúso está entrando na pauta de prioridades da sociedade brasileira. Com certo atraso, é bem verdade…

O fato é que, nos tempos recentes, o interesse e os debates sobre a fonte hídrica alternativa vêm despontando com mais frequência. E neste ano de eleições municipais pelo país, o assunto foi destacado em planos de governos de vários candidatos a prefeito como uma das medidas prioritárias para tornar suas cidades mais sustentáveis e inteligentes.

Em Piracicaba, município do interior paulista de economia bastante diversificada, que possui um polo industrial desenvolvido e com uma forte vocação para o setor sucroalcooleiro, 9 dos 12 candidatos que no 1º turno disputaram a cadeira de chefe do Poder Executivo – para o quadriênio 2021/2024 – citaram ações de captação e reúso de água em suas propostas de governo.

O tema foi alvo de uma matéria publicada no site G1 Piracicaba e Região:

https://g1.globo.com/sp/piracicaba-regiao/eleicoes/2020/noticia/2020/11/02/nove-dos-12-candidatos-a-prefeito-de-piracicaba-abordam-captacao-e-reuso-de-agua-em-seus-planos.ghtml

Vale observar que a cidade de Piracicaba – onde está instalado o Grupo FUSATI – viveu uma de suas maiores crises hídricas no ano de 2014. Na época, o famoso rio Piracicaba agonizou e praticamente secou devido à estiagem que atingiu todo o Estado de São Paulo. Naquele período, o manancial que é o grande orgulho da cidade – ao lado do glorioso XV de Piracicaba – registrou o impressionante e assustador nível de água de apenas 91 centímetros.

Durante a eleição municipal de 2020, outras cidades brasileiras como São Paulo, Curitiba e Balneário Camburiú, entre tantas, também apresentaram candidatos que listaram a água de reúso em seus projetos de governo, sinalizando que o tema deve ser incluído nas políticas públicas, urgentemente. 

Programa de Incentivo ao Reúso de Águas

Vale observar que, recentemente, a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou o Programa Estadual de Reúso de Efluentes das Estações de Tratamento de Esgoto (ETE) para fins industriais (Lei Nº 9.043, de 2 de outubro de 2020). Entre as justificativas para a criação da nova legislação estão a necessidade de atender a demanda das grandes metrópoles e atenuar o problema da escassez de água.

A nova lei fluminense estabelece incentivos para a implementação de programas de reúso de água. Por exemplo, empresas públicas estaduais e municipais poderão receber aportes financeiros do Fundo Estadual de Conservação Ambiental e Desenvolvimento Urbano (Fecam) para projetos de águas residuais.

E no caso das companhias do setor privado, elas poderão converter o valor investido em sistemas de reutilização de efluentes em crédito tributário, em proporção a ser definida pela Secretaria de Estado de Fazenda (SEFAZ).

Outro aspecto da Lei Nº 9.043 é que “serão incluídas, nas Licenças Ambientais para grandes empresas potencialmente poluidoras, condicionantes, que obriguem a reutilização de porcentagem de efluentes de ETEs, quando dentro do padrão técnico viável, como água de reúso para fim industrial na própria empresa”.

Link para acessar a Lei Nº 9.043:

https://www.fazenda.rj.gov.br/portal-fazenda/#/

Por Que a Água de Reúso é Importante?

Hoje, as fontes de água doce disponíveis na natureza estão sobrecarregadas com a gigantesca tarefa de atender as necessidades de quase 8 bilhões de habitantes da Terra e a demanda hídrica da atividade industrial global. E as mudanças climáticas em curso – que estão produzindo eventos extremos – têm piorado a situação dos mananciais e suas capacidades de abastecimento.    

Assim, tornou-se imprescindível a economia e o uso racional dos recursos hídricos. É preciso poupar água, preservar os mananciais e incentivar práticas sustentáveis que contribuam com a economia circular.

A água de reúso é, sem dúvida, uma alternativa para tornar nossas cidades mais “verdes” e menos geradoras de impactos ambientais. De agora em diante, a água de reúso será um instrumento de gestão indispensável para os municípios e comunidades em geral.

FUSATI, Uma Empresa Ligada ao Tratamento da Água

As empresas do Grupo FUSATI – a FUSATI Filtros e a FUSATI Ambiental – desenvolvem projetos e soluções que atuam em todo o ciclo da água. A ampla e sortida gama de produtos e serviços das duas empresas atendem demandas residenciais, comerciais, industriais e de gestões públicas. Sempre com tecnologia, segurança, alta performance e a qualidade comprovada da patente FUSATI.

Estação de Tratamento de Água para a Riber KWS Sementes em Patos de Minas – MG

As Possibilidades da Água de Reúso

Embora não seja potável, a água de reúso – aquela residual porém devidamente tratada, proveniente de atividades humanas, industriais ou da chuva – tem múltipla utilidade em rotinas de fábricas, condomínios, hotéis, hospitais e indústrias em geral.

A água de reúso pode ser empregada, por exemplo, no resfriamento de torres, caldeiras, na descarga de sanitários, no combate a incêndios, na irrigação de áreas verdes e jardins, na lavagem de veículos, pisos e áreas externas, na construção civil e na limpeza de áreas e vias públicas.  

Qualidade no Tratamento de Águas Residuais

A FUSATI Ambiental é uma divisão criada em 2007, especializada em projetos e instalações de soluções de tratamento de água, esgoto doméstico, efluentes líquidos industriais e de reúso de água.

A linha de soluções ambientais da FUSATI inclui sistemas de alta performance como Estações de Tratamento de Água (ETA), Estações de Tratamento de Esgoto (ETE) e Estações de Tratamento de Efluentes Industriais (ETEI).

ETA e Reuso de Efluente Industrial
ETA e Reúso de Efluente Industrial

Eficientes e funcionais, essas unidades são estações que podem ter diferentes configurações, já que são compactas e modulares e oferecem a possibilidade de serem customizadas e/ou integradas. Todas, contudo, geram a valiosa água de reúso e são construídas de acordo com as necessidades do contratante – espaço físico disponível, tipo de água a ser tratada, volume aquoso e outras especificidades.  

A credibilidade, a tecnologia e a confiança da marca FUSATI estão presentes em todos os sistemas de tratamento de água bruta, residual, efluentes industriais e de geração de água de reúso que a empresa desenvolve e comercializa há duas décadas.

Conheça as vantagens operacionais, ganhos ambientais e possibilidades de economia que os equipamentos da FUSATI podem proporcionar à sua empresa. E junte-se à nossa carteira de clientes satisfeitos que inclui indústrias, municípios, hotéis, condomínios, construtoras, incorporadoras imobiliárias, clubes, shoppings, restaurantes, escolas, universidades, agentes do agronegócio e outras empresas de segmentos variados.

Consulte a FUSATI Ambiental

A Gestão da Água é Crítica Para Garantir a Segurança Alimentar

A Gestão da Água é Crítica Para Garantir a Segurança Alimentar

Os recursos de água doce disponíveis por pessoa no mundo diminuíram mais de 20% nas últimas duas décadas. O dado está no mais recente relatório da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), publicado em novembro de 2020.

O documento The State of Food and Agriculture 2020 aponta que “melhorar a gestão da água, apoiada por uma governança eficaz e instituições fortes, incluindo a segurança da posse e direitos, será crítica para garantir a segurança alimentar e nutricional globalmente”.

Além disso, cerca de 2,2 bilhões de pessoas no planeta têm dificuldade de acesso à água potável e 4,2 bilhões não têm saneamento adequado. Com os impactos das mudanças climáticas previstos até 2050, entre 3,5 bilhões e 4 bilhões de pessoas viverão com acesso limitado à água, sendo que mais de 1 bilhão devem morar em cidades.

Apenas 3% da água do mundo é doce, mas somente metade está acessível (o restante é parte de geleiras e aquíferos inacessíveis). Já o território brasileiro concentra 12% da água doce do mundo. Como é a mesma quantidade de água que circula continuamente pelo planeta, a importância do tratamento é cada vez maior. Pelos dados da ONU, 80% das águas residuais não recebem tratamento antes de serem devolvidas ao meio ambiente.

Saiba mais em:  The State of Food and Agriculture 2020 

Fonte: FAPESP e FAO

Fonte imagem: FAO

O Custo da Água no Brasil

O Custo da Água no Brasil

A cobrança pelo uso da água é um assunto que gera muitos debates, controvérsias e polêmicas no Brasil. Afinal, não é tarefa simples estabelecer um preço justo para o recurso natural essencial para a vida humana, outros seres vivos e para a atividade econômica. Mas você sabia que a cobrança pela utilização da água no país se dá de duas formas?

A tradicional conta de água, que todo mês desembarca na casa dos brasileiros, é a forma mais conhecida. Aqui, estamos falando da fatura referente ao consumo de água fornecida por redes públicas de distribuição, que geralmente também incorpora os serviços de esgoto.  

A outra modalidade de tarifação – que é prevista pela Política Nacional de Recursos Hídricos (Lei Nº 9.433, de 8 de janeiro de 1997) – é estabelecida pela União e diz respeito à “Cobrança pelo Uso de Recursos Hídricos”. É um valor cobrado de usuários de água como empresas de saneamento, indústrias e mineradoras pela utilização do recurso captado de rios e outros mananciais das bacias hidrográficas do país.

Por Que Cobrar o Uso de Um Bem Público?

A cobrança pelo uso de águas de domínio da União (rios e recursos hídricos subterrâneos) é uma responsabilidade da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA).

A Agência estabelece os valores de captação de água bruta no território de seis bacias: Paraíba do Sul; Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ); São Francisco; Doce; Paranaíba; e Verde Grande.

A Lei Nº 9.433, que é popularmente conhecida como “Lei das Águas”, justifica que a cobrança da água nessas bacias se dá por causa de três objetivos:

  1. dar ao usuário uma indicação do real valor da água;
  2. incentivar o uso racional da água;
  3. obter recursos financeiros para recuperação das bacias hidrográficas do país.

A ANA explica que a cobrança pelo uso dos recursos hídricos do país “não é um imposto, mas uma remuneração pelo uso de um bem público, cujo preço é fixado a partir da participação dos usuários da água, da sociedade civil e do poder público no âmbito dos Comitês de Bacia HidrográficaCBHs”.

Rio São Francisco (MG)
Zig Koch / Banco de Imagens ANA
Rio São Francisco (MG)
Zig Koch / Banco de Imagens ANA

E a Definição das Tarifas para o Consumidor?

Quanto você acha que deveria custar um litro de água tratada? Essa é outra pergunta complicada e de resposta para lá de complexa.

Isso porque as tarifas de água no Brasil variam conforme a região, o Estado, os reajustes dos valores da cobrança pelo uso de água (definidos pela ANA para as seis bacias de domínio da União), a disponibilidade de água, os custos da empresa que realiza a captação, o tratamento e a distribuição da água e outros fatores específicos. 

Custo do Tratamento de Água no Brasil

O recém divulgado estudo Contas Econômicas Ambientais da Água (CEAA): Brasil 2013-2017 revelou importantes parâmetros hídricos do Brasil quanto à disponibilidade, oferta, consumo e os custos de água de distribuição e serviços de esgoto.

Realizado por meio de uma parceria entre a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o levantamento compilou resultados nacionais das cinco regiões – Norte, Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste – com indicadores físicos e monetários sobre a oferta e a demanda de água no Brasil, pelas atividades econômicas e pelas famílias.

De acordo com dados desse raio-X hídrico do país, as tarifas de água para o consumidor brasileiro podem ter variações de até 245%.

Essa diferença é verificada na comparação entre as tarifas cobradas na região Centro-Oeste (que possui o maior custo de serviços de fornecimento de água e tratamento de esgoto, equivalente a R$ 4,71 por metro cúbico/m3 ou 1.000 litros) e na região Norte, que apresenta o menor valor, de R$ 1,92 por m3.

Considerando as cinco regiões, a tarifa média de água registrada no país é de R$ 3,06/m3.

Custo da Água e de Serviços de Esgoto por Região

RegiãoValor (R$/m3)
Norte1,92
Nordeste2,13
Sudeste3,17
Sul3,80
Centro-Oeste4,71
Fontes: IBGE e ANA

Consumo de Água por Habitante

A média brasileira de consumo de água por dia por cada habitante é de 116 litros, informa o CEAA.

Entre as cinco regiões brasileiras, a Sudeste é aquela que registra o maior consumo de água per capita diário (143 litros/habitante/dia), seguida das regiões Sul (121 litros/h/d) e Centro-Oeste (114 litros/h/d). Na região Norte o consumo diário por cidadão é de 84 litros e em último lugar fica o Nordeste, com 83 litros/dia por habitante.

Quanto ao índice de esgoto coletado (em relação ao volume de água usado pela população) o ranking nacional também traz a região Sudeste na liderança, com 71%. Depois surgem Sul e Centro-Oeste (ambas com 54%), Nordeste (38%) e Norte (14%).

Saiba Mais!

  • Cada brasileiro consome, em média, cerca de 116 litros de água por dia
  •  Em 2017, a retirada total de água no país foi de 3,7 milhões de hectômetros/hm³ (3,7 quatrilhões de litros)
  • O valor para a produção de água de distribuição e serviços de esgoto, em 2017, foi de R$ 56,5 bilhões
  • O consumo total de água no Brasil (menos a que retorna para o meio ambiente) foi de 329,8 trilhões de litros em 2017

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